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Se hoje o tema empreendedorismo virou ponto pacífico de discussão e estímulo em empresas, escola e instituições, para a Junior Achievement o assunto vem sendo tratado com afinco desde 1919, quando surgiu, nos Estados Unidos. No Brasil, a associação educativa chegou em 1984, e comemora 20 anos de Rio Grande do Sul com motivos de sobra: nessas duas décadas, 950 mil jovens foram atendidos em 18 programas divididos entre escolas públicas e privadas, com o auxílio de quase 13 mil voluntários em 45 municípios do estado.
A organização de educação prática em negócios, economia e empreendedorismo, sem fins lucrativos e mantida pela iniciativa privada, busca despertar o espírito empreendedor nos jovens, estimulando seu desenvolvimento pessoal e ampliando sua visão de mundo, sobretudo o mundo dos negócios, facilitando, por tabela, seu acesso ao mercado de trabalho. “Trabalhamos com três pilares básicos: o econômico, o ambiental e o social”, enumera Cristiane Steigleder, presidente do Conselho Diretor da Junior Achievement RS. Programas educativos são criteriosamente formulados e aplicados por meio de parcerias com escolas e profissionais voluntários dispostos a compartilha suas experiências e conhecimentos com estudantes de diferentes faixas etárias. “Os estudantes veem o mundo na prática e ficam estimulados a tomar atitudes, a empreender. Muitos começam tímidos e, ao final dos programas, já estão querendo fazer acontecer!”, emociona-se Cristiane. “O sucesso do trabalho da Junior Achievement vem com a sinergia e a dedicação de empresas, escolas e alunos tendo como principal vínculo os voluntários.”
Há atividades para jovens de faixas etárias variadas e com durações diferentes. No ensino fundamental, há aplicação em sala de aula de programas de educação econômica praticam com o objetivo de despertar o espírito empreendedor. Com o “Empresário sombra por um dia”, os estudantes têm a oportunidade de seguir os passos de um executivo na sua jornada de trabalho. Já no “Mais do que dinheiro”, eles são encorajados a utilizar alternativas inovadoras de aprendizado sobre planejamento financeiro, enquanto exploram e aumentam suas aspirações profissionais. Direcionado aos estudantes do ensino médio, o “Mese” tem como objetivo familiarizar os alunos com educação financeira, concorrência, tomada de decisões e trabalho em equipe, bem como estimular o desenvolvimento de estratégias vencedoras. E o programa “Conectado com o Amanhã” possibilita aos alunos um momento de reflexão sobre seu futuro e preparação para o mercado de trabalho. Depois de participarem dos programas da Junior Achievement e seguirem pelo caminho do empreendedorismo, jovens empresários podem integrar o Nexa (Núcleo de Ex-Achievers), repassando às novas turmas suas experiências. “Mais do que incentivar os participantes a ter sua empresa no futuro, trabalhamos com o conceito de intraempreendedorismo, despertando o empreendedorismo no jovem não só no sentido de se tornar um empresário, mas também de estimular os futuros profissionais a empreender nas empresas em que forem trabalhar”, destaca Cristiane. 
Para 2015, a intenção da presidente é melhorar ainda mais as práticas organizacionais da Junior Achievement RS, aproximando-a das escolas participantes e tornando mais redondo o fluxo de atividades. “Um projeto que já está acontecendo de forma piloto no Rio Grande do Sul e que vai ser multiplicado para a Junior em todo o Brasil promove a conexão dos jovens com o mundo virtual dentro do tema empreendedorismo”, conta Cristiane, entusiasmada. O projeto tem parceria da Dell, que aposta na Junior e atesta sua atuação. “A Dell acredita que o fomento do empreendedorismo e a capacitação dos profissionais do futuro representam a base para o crescimento econômico e social do país. Por isso, encontramos na Junior Achievement a parceria ideal para implementarmos o programa “Miniempresa do Futuro”, em que o relacionamento se baseia em princípios de ética, integridade e comprometimento com o empreendedorismo que balizam as duas partes”, resume Luis Gonçalves, presidente da Dell Brasil. A presidente da Junior RS aproveita para convidar: “Grandes empresas poderiam fazer um esforço a mais para ajudar. Em vez de pagar tudo para o governo, porque não doar 1% ou 2% para uma Oscip?”. Fica a dica.

Fonte: Revista BestHome by Joal Teitelbaum - 44ª edição